labaredas seminais
na tua ausenica
te vejo em miragem
como neblina
como faiscas
como rabiscos
em silhuetas
converso com o vento
esboço no ar como sementes
o desenho do teu nome
com a cor do teu sorriso
rascunho textos com perfumes singulares
com pretensão a ser poemas marginais sujos
com o sangue de minha saudade
com sua ausência
serena cicatriz no tempo
movo labirintos
esqueço as vertentes inférteis
como labaredas seminais