labaredas seminais

na tua ausenica

te vejo em miragem

como neblina

como faiscas

como rabiscos

em silhuetas

converso com o vento

esboço no ar como sementes

o desenho do teu nome

com a cor do teu sorriso

rascunho textos com perfumes singulares

com pretensão a ser poemas marginais sujos

com o sangue de minha saudade

com sua ausência

serena cicatriz no tempo

movo labirintos

esqueço as vertentes inférteis

como labaredas seminais

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 10/07/2016
Reeditado em 17/05/2021
Código do texto: T5693426
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