LEMBRETES DO AMOR

O amor é aquele pedacinho

De caco de vidro perigoso,

Do qual se tenta a todo custo,

E inutilmente, não cortar os dedos.

O amor é aquele espinhozinho

Escondido entre as folhas da rosa

Que traiçoeiro teima em lembrar-nos

Que por mais belo que seja, pode nos ferir.

O amor é aquele grãozinho de poeira

Dentro do coração, que quando bem cuidado

Incendeia-se sendo estrela brilhante no cosmo pulsante

Ou pela pressão avessa cria um buraco negro no peito.