SUPREMO (2º texto para o Sarau Poético do Recanto das Letras)...

Quebram-se, sigilos... Os sigilos imperfeitos!

Os perfeitos não se quebram...

Tais somente se elevam

Como sons de estrilo às noites, no silêncio eleito...

Quebram-se, sigilos... Os sigilos moribundos

Dos imundos no planalto...

Os segredos dos arautos

Brilham-se em sigilos... Neste, como em outros mundos...

Quebram-se, sigilos... Os sigilos das vilezas

Realezas das mais pobres...

Nos sigilos quando nobres

Geram os bons bacilos... E a doença das belezas...

Quebram-se sigilos, dos hipócritas na lida

Reduzida à fria dor...

No sigilo de um amor

Leva a flor os seus pistilos... Renovando a vida...

Quebram-se sigilos, sob as togas no "supremo"

Se é do "demo" ou do Divino...?

Eu não sei, mas fica o ensino:

Absoluto só o sigilo, guarda o Ser Supremo...

Autor: André Luiz Pinheiro

05/07/2016