Rotina!
Rotina!
O piso sujo de café,
O pó que cai na distração da manhã,
Cabeça que ferve junto com a água,
O dia começou,
Amargo como a bebida sem açúcar,
Que acidentalmente numa só golada,
Eu tomei.
Não é sempre que acordo de bom humor,
Não é sempre que acordo com o pé direito,
Mesmo não acreditando em superstição,
Mas no segundo gole,
O doce já melhorou o gosto do café,
Uma oração em agradecimento,
Por mais um dia poder sentir o vento,
Que soprou a roupa que estava no varal.
Comida dos bichinhos,
Água, um carinho antes de sair,
E a saudade de uma rotina,
Que não mais será igual,
Lembrar de um ente querido,
Chorar por alguns minutos,
E pedir que nunca nos abandonem.
A vida segue e com ela,
Segue a vontade de manter por perto,
Todos aqueles anjos que são especiais,
Que de alguma forma estão sempre conosco,
Mesmo que a distância e o tempo,
Tenham nos afastado.
Sendo assim,
Nem o relógio mais descontrolado,
Conseguirá com sua rotina,
Estragar o que o mesmo tempo,
Me proporcionou conquistar,
A confiança, o amor e a força para superar,
Os obstáculos tangíveis e intangíveis da vida.
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