Aritmética

Contar nos dedos todos os restantes da aritmética infinita...

Quanto sobrou nas cartilhas dos anos nas paginas marcadas,

Dos meses subtraídos...

Das semanas multiplicadas...

E na prova dos nove...

O resultado é conjunto vazio.

Uma mistura de razão com equação que confunde a vida.

Quantas somas e multiplicações e no resultado final é estar subtraído,

E na subtração há a divisão...

Dividir-se em varias multiplicações vazias...

Que somando torna-se a solidão e a eminência de sofrer...

E arrancar de si todas as imprudências da alma...

E ser o resto.

Sendo o resto, a sobra e o vazio...

O zero é o contorno de um conjunto vazio não há nada dentro dele,

Mas o contorno arredondado protege seu interior infinito,

Pois quem não tem nada pode ser preenchido com tudo,

E quem tem tudo não se preenche com nada,

Se sentido tudo, mas com receio de perder para o nada,

Esquece-se de tudo e se sente nada com medo de perder tudo.

E sente-se nada, num vazio por ter tudo.

E neste zero interior, sentindo-se nada, reconhece todos os campos impenetráveis de sua essência.

E em seu nada começa encontrar tudo...

A liberdade de sentir...

A escolha...

E a razão de sua vida...

De sua verdade e a descoberta dos ângulos de visão,

E que o zero é um universo andante em uma jornada difícil e infinita.

CARLLUS ARCHELLAUS
Enviado por CARLLUS ARCHELLAUS em 08/07/2016
Reeditado em 12/02/2018
Código do texto: T5690996
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