Aritmética
Contar nos dedos todos os restantes da aritmética infinita...
Quanto sobrou nas cartilhas dos anos nas paginas marcadas,
Dos meses subtraídos...
Das semanas multiplicadas...
E na prova dos nove...
O resultado é conjunto vazio.
Uma mistura de razão com equação que confunde a vida.
Quantas somas e multiplicações e no resultado final é estar subtraído,
E na subtração há a divisão...
Dividir-se em varias multiplicações vazias...
Que somando torna-se a solidão e a eminência de sofrer...
E arrancar de si todas as imprudências da alma...
E ser o resto.
Sendo o resto, a sobra e o vazio...
O zero é o contorno de um conjunto vazio não há nada dentro dele,
Mas o contorno arredondado protege seu interior infinito,
Pois quem não tem nada pode ser preenchido com tudo,
E quem tem tudo não se preenche com nada,
Se sentido tudo, mas com receio de perder para o nada,
Esquece-se de tudo e se sente nada com medo de perder tudo.
E sente-se nada, num vazio por ter tudo.
E neste zero interior, sentindo-se nada, reconhece todos os campos impenetráveis de sua essência.
E em seu nada começa encontrar tudo...
A liberdade de sentir...
A escolha...
E a razão de sua vida...
De sua verdade e a descoberta dos ângulos de visão,
E que o zero é um universo andante em uma jornada difícil e infinita.