tanto dentro, quanto fora

Descer ao rio

E não perguntar.

Qualquer resposta

Seria

Satisfazer ao pensamento.

E esse, não

Compreende o

A luz em seus

Goles modais,

A solidão

Na luz é

Outra, e não essa

Temida pelas geleiras

do embrutecido.

Ir fundo,

No despenhadeiro

Do abismo

Não aquele

Catalogado pelo mundo,

Mas outro,

Bruto e sentido

Aceso nas cartilagem

Dos mitos,

Terra desolada não

Simbolizada pelas

Costuras dos ancestrais

E que mesmo antigo

É de sempre, sempre vivo

Ser o fogo na fricção do espirito que toca a matéria,

E mesmo assim, respirar e beber

O néctar ígneo que aperta a carne.

Dar goladas do desconhecido, enquanto

O medo criptado é degolado pela explosão da consciência.

E nesse instante , em que o tempo o vomita como ente no agora,

Tu sente que a vida é, que tu é, e que tudo valeu a pena

tanto dentro, quanto fora.

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 07/07/2016
Código do texto: T5690566
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