tanto dentro, quanto fora
Descer ao rio
E não perguntar.
Qualquer resposta
Seria
Satisfazer ao pensamento.
E esse, não
Compreende o
A luz em seus
Goles modais,
A solidão
Na luz é
Outra, e não essa
Temida pelas geleiras
do embrutecido.
Ir fundo,
No despenhadeiro
Do abismo
Não aquele
Catalogado pelo mundo,
Mas outro,
Bruto e sentido
Aceso nas cartilagem
Dos mitos,
Terra desolada não
Simbolizada pelas
Costuras dos ancestrais
E que mesmo antigo
É de sempre, sempre vivo
Ser o fogo na fricção do espirito que toca a matéria,
E mesmo assim, respirar e beber
O néctar ígneo que aperta a carne.
Dar goladas do desconhecido, enquanto
O medo criptado é degolado pela explosão da consciência.
E nesse instante , em que o tempo o vomita como ente no agora,
Tu sente que a vida é, que tu é, e que tudo valeu a pena
tanto dentro, quanto fora.