TEMPO!
Morrem os sonhos e os fantasmas atormentam sem descrição...
Passam-se os dias e a negrura do tempo,
quase sem tempo,
ousa dizer-me sobre tantas coisas inarráveis
neste estribilho de dor e tristeza.
O algoz que marca e mata,
confunde-se quando possibilita a vida no
grito do principiante - nascituro - que chega à luz
sentindo a dor dos ares vadiando em seu fadário peito.
E a vida passa e eu,
pobre ou rico mortal,
em indescritíveis concepções de encontros
com a tristeza e com alegria,
feneço como moribundo à mercê de um relato sem cor,
balbuciando um anúncio de sentimento não revelado,
simplesmente,
porque nunca soube dizer sobre o amor
que tange as minhas arestas
que riscam assinalando os caminhos da minha sina,
do meu destino.
©Balsa Melo (Poeta da Solidão)
07/01/02
Brasil