PÁGINAS EM BRANCO

Nosso suor sagrado de inocência corrompida, dissipando lágrimas azuis entre veias mecânicas de ponteiros ao contrário;

Olhando pra trás não enxergo meus rastros;

Apenas entrecorto loucuras por sobre caminhos sem destino;

Deixe-me beber dessa água suja pela última vez, para depois derramar-me em palavras, jogado ao chão feito brinquedo quebrado de criança crescida;

E dançar sobre a chuva dos trovões, aprisionado por correntes atadas na ferrugem dos anos, virando páginas em branco de livros cheios de estórias vazias!

Anjo melancólico
Enviado por Anjo melancólico em 07/07/2016
Reeditado em 11/04/2020
Código do texto: T5690090
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