CONTRAFLUXO

CONTRAFLUXO!

quem canta às vezes se espanta

com o seu próprio cantar,

e quem cala a voz no peito,

tem motivo, é seu direito,

ouvir, falar ou calar!

quem na palha ateia o fogo,

no auge da cena em jogo,

quase sempre se atrapalha,

se perde em fogo de cena,

se queima em jogo de palha!

eu rimo contra a maré,

meu verso no contra fluxo

mira o mistério que havia,

na fantasia escancarada

que em breve se desfazia,

quando o sol da madrugada,

simplesmente se escondia,

no denso breu do meio dia

assim como quem não quer nada!

AC de Paula

poeta e compositor

AC de Paula
Enviado por AC de Paula em 07/07/2016
Reeditado em 07/07/2016
Código do texto: T5690044
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