Nascente profana
Enquanto canto és triste poesia,
Sublime um tanto que entontece e inebria,
Um contraponto de etérea harmonia,
Um tal encanto, mais que encanta, contagia,
Um pequeno e inquieto verso
Da musa música faz-se plena poesia
Da poesia triste e bela que emanas
Canção cigana, profana melodia
Tu vestes de pecado a pele
E se esbalda num banquete terno
Das carícias que provém do teu deleite
Na minha pele morna de inverno
Intenções lascivas me despertas
Ao fino trato que de ti eu arrecado
Custo a entender que dentre as tuas pernas
Nasce o amor, o ódio e o pecado.