Rotina

Na podridão que me arde os olhos

vivo e suporto cada dia

engulo a dose de veneno diário

e sorrio mais uma vez.

A funesta e cálida rotina

em que respiro o peso da amargura

tenho um pouco de alívio somente

quando percebo que a morte se avizinha.

Sina cruel carrego em meu ser

o poder do ser ou não ser

mas eu nunca fui.

Nesse caminho sem volta

espero hoje meu propósito

aguardo um amanhã incerto.

Helena Dalillah
Enviado por Helena Dalillah em 07/07/2016
Reeditado em 21/11/2019
Código do texto: T5689881
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