Cacos
Tenho cacos em minhas mãos,
e sei, como forte o segurei.
Talvez,
se não o usa-se,
apenas observar-se,
estaria integro.
Seus pedaços,
Mesmo não servindo para nada,
continua formoso.
Com formas irregulares,
E suas pontas cravadas em minha pele.
Sei que preciso joga-lo fora, pois não é eficaz.
E mesmo com o corte em minhas mãos,
Sinto a tristeza de não conseguir colar os pedaços...
Em mim,
haverá então apenas lembranças do seu borrão laranja.