morte a prestação
A meu pagamento
É essa morte a prestação
O que mais faço é velar
A minha morte. E tantas,
Que de tantas, perdi a conta.
enterro parte de mim, então,
no tempo, discorro o luto que,
ao se dá, me anoiteço. Mas
um naco de luz recebo pelas
grades perdidas.
A dor da perda
O luto grave
As vezes cínico, o tempo
Disperso, não se pergunta
Ao um moribundo o que se
Morre, ou de quem se morre
O ferro ao fogo doura, antes
Do derretimento.
Então a luz
Pequena e delgada
O linha acesa por entre
Os olhos, me contento
Com pouco, a exuberância
De outro tempo por um pequeno
Córrego piedoso;
O coração sabe que outras mortes
Virão até que derradeira, a tão
Ansiada, mais formal que fato,