Minhas Mulheres Eternas...
A fêmea saciada,
antes, recatada dama,
que moldou seus contornos na minha cama,
com a deliciosa fúria
da sua luxúria...
A mulher que, em versos e beijos, proclama
a vã eternidade
de um tempo que é apenas chama...
A mulher que reclama
meus abraços
e meus laços,
como sedenta caminheira que clama,
no deserto da vida, pelo saciar
de uma sede de amor, que a inflama...
Todas vão passar, com as memórias
aviltadas pela esponja do tempo
que apagará as suas histórias...
Mas, as que me amaram, amam ou amarão,
eis as minhas mulheres eternas,
que os meus mistérios sempre elegerão...
Pois, essas, eu vos direi
que sabem muito mais do que eu sou,
do que um dia jamais saberei!...