PROCURANDO O CAMINHO

Eu ando/

Entre eles/

Mas não ouço suas vozes/

Seus verbos são banais/

Suas intenções são fúteis/

Suas ideias são inúteis/

E vazia está sua alma/

São prazeres/

São vícios/

Vejo claramente a sua busca insensata/

As vezes cegas/

Por coisas sem vida/

Não há amor/

E quando possuídos/

São fortes os gemidos/

Alocados na ausência do desconhecido/

Ao olhar em seus olhos/

Vejo que perderam suas almas/

Já foram vencidos/

São vidas perdidas/

Procurando o que não tem sentido/

Há muito que a paz se foi/

E a harmonia/

Em agonia/

Não distingue a razão/

Do que se tem que buscar/

Por isso o equilíbrio/

Fica na impossibilidade de ir e vir/

Versando ao corpo a morte como certa/

Se o corpo vive/

E você se redimir/

Haverá perdão/

Então, saia da caverna/

Olhe nos olhos/

Identifique um amigo/

Faça um irmão/

Antes que o dia se vá/

Na próxima estação/