a idade que não sabe nada
Clarear uma caverna
É coisa de vagabundo
Não precisa de diploma
Ou de habilidades profundas
Num instante, não faça nada
De vaga-lume, salta-se mundo;
E quando, dela se derreter,
Acabou! Voltou a crescer.
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A rua
Exposta a beleza
Clara
Ao céu aberto
Acesa
Uma desfile de pedra
Justa posta de pedra
Incendiada;
A mesma rua
não imagina
Quão escuro
Pode ser o interior
Das casas,
Da dificuldade
Na troca de palavras,
Do amor quase
Raro. Do silêncio
Que nada fala
De Deus, que
Lembra mais punhaladas,
O tempo que passa
Na rua é o mesmo
que treme
Os casais,
que envelhece
As paredes,
Que empesteia os pobres
E as altas camadas,
A menina nova e bonita
Que entra e sai da
Casa, que experimenta
A casa escura e a rua clara,
Também Nada distingue,
E É natural pela idade dada