Alucinação
O desenho na parede
era invisível,
o relógio pendurado
era um sapo,
o distintivo do soldado,
era cinzento,
e minha perplexidade
era frígida.
O meu alucinógeno
era vencido,
o pacto da ilusão
minha corrente,
batendo o vão da porta
a hipocrisia,
solvente pra beber
nem tanto o vinho.
Eu era a insensatez
de um passarinho,
bicando a cascavel enrodilhada,
e quando acordei da letargia,
meu eu não era eu,
mas era o nada.