Delirios
Tantos delírios sem sentido,
Volto agoniada, zerada,
Desmemoriada,
O que é amor?
senão o toque suave
Das minhas mãos acarinhando
Os espinhos,
O que é pedido de clemência?
Se estou sob a anestesia
Neste espaço esquecido.
Se pergunto não sei
Se respondo sera certo?
No silencio observo,
Pausa/
Nesse caso sou servo,
Acerto...Contra gosto
Isso já foi escrito
Algum dia
Aqui ceifo versos.
Descordo
Com certos inscritos.
Contrariando outras
Obedecendo ordens;
Vou levando....
Pra este lugar,
Aqui, agora, sob a chama
Que me chama,
Escuto,
Sinto, suave luz nas minhas entranhas,
Me vestindo na cor desbotada,
Crua,
encontro poros vertendo água
Suadas, da febre,
Molhadas rudimentais.
Sei me asas,
Térrea
Aérea,
Maresia,
As pedras são rochas,
De osso e marfim
No corpo
Santuário, delírio de mim,
Sou pássaro,
Corvo, águia,
São formas para subir