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Insone



Ingentes  e vorazes ventos
Açoitam com força as janelas
Aqui ouço seus lamentos
Na vigília tal qual sentinela
 
Loquaz retumba na noite
Diáfano penumbra deslinda
Alcança a lua em seu zênite
Tornando-a  assim desmerecida
 
Murmúrios no assoalho
Parece vida a casa possuir
Sons inquietantes de anseio
Solapam esse meu porvir
 
Vislumbro a madrugada fria
Enquanto repousam plácidos
corpos,em seus leitos aprazidos
e a mim, a noite como companhia
 
Vidas a  vagar, eu a fantasiar
Na solidão do quarto, eu
destrincho esse meu pesar
Enquanto sonhos fico a desejar

Ouve-se vozes ao longe
Alguém de seu sono avivou
O sol brilha atrás dos montes
E a vida se faz, quando o dia raiou

 
Lia Fátima
Enviado por Lia Fátima em 03/07/2016
Reeditado em 19/10/2018
Código do texto: T5686459
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