ATROPELOS

Estrelas no céu, caminhos celestiais;

entre elas, tantos espinhos colossais,

carneirinhos, retratos, casas, castelos...

aí, minha imaginação cria martelos...

Martelos que mui trituram minha alma

transportada ao passado em liberdade,

quando eu vivia livre, cuja a saudade

está nas estrelas, ladras de minha calma.

São mortais velas acesas pra este forte

que agora conforma-se em triste morte,

na perda da vontade própria: triste final.

Crueldade cortante e nunca esquecida,

castigada por anos e ainda mantida,

enlouquecedora, sem glória: meu funeral.

Salvador, 1997.

Oswaldo Francisco Martins
Enviado por Oswaldo Francisco Martins em 01/07/2016
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