anseio

Quem sabe, a terra

Não seja um mundo

Microscópio de outra

Vida grande, e somos

Pragas, vaga-lumes,

Gafanhotos letrados,

O tempo não pede

Passagem, a sua natureza

É ser, e sendo, nos forja

Na existência, quem não

Foi riscado pelas suas unhas

Afiadas? Eu que escrevo, tenho

Na carne, inscrito, o passado,

O tempo dobrado e acumulado.

Sou tempo, mas também sou

Anseio, de algo mais brilhante,

Um brinde! à cidadela, eternidade

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 30/06/2016
Código do texto: T5683272
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