Priva-te

Priva-te de gestos,

De ambíguas demonstrações de afeto,

Nada me mudará, não mudarei,

Não por ti, não por mim,

Por ninguém...

Sou, porque apenas desejo ser,

Palavra, sombra, uma folha,

O desejo de nela me escrever,

O oculto de mim, poeta que sonha!

Não se revela, o mistério,

Ser ele, sem ser ninguém...

Sirio de Andrade
Enviado por Sirio de Andrade em 30/06/2016
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