PEDRA QUE DESCANSO
O caminho silencio
O olhar profundo, transparente
Em plena lua,
Corro, passo e chego à sede
Bebo dessa água fria, sua
Que por certo amolece a gente
Amassado como o barro
Minha vez de argila, beira o rio
A terra seca, o torrão, a rua...
O pigarro, o chão de esparro
Um fio de rede , a avidez, o cio
O melhor dos mundos
A tábua, o coração...
em tantas desiguais certezas
Debruçadas no murro
as troças, as cercas, o consumo
o falso, o contente... a ponte
nos aproximam, indolente
feito água corrente
um, a outro do lado!
PEDRA QUE DESCANSO
erhi Araújo