Culpado
Quando me surra a consciência,
Renasço num cão de rua sofredor,
Lambo minha pata, abrando a dor,
Esquivo-me só por conveniência.
É como se ao restaurar o cristal,
Mesmo com o perfil bem curado,
Fica no invisível da trinca, o mal,
E este existir sensível dói calado.
Quando me surra a consciência,
Meu rosto é a lua na tempestade,
Existe, mas não reflete meu riso,
Emolduro-me só na aquiescência.
Quando me surra a consciência,
Renasço num cão de rua sofredor,
Lambo minha pata, abrando a dor,
Esquivo-me só por conveniência.
É como se ao restaurar o cristal,
Mesmo com o perfil bem curado,
Fica no invisível da trinca, o mal,
E este existir sensível dói calado.
Quando me surra a consciência,
Meu rosto é a lua na tempestade,
Existe, mas não reflete meu riso,
Emolduro-me só na aquiescência.