Enquanto dormes

 
Quantas vezes me prendo no teu olhar
Abnego a mim mesmo, - pertenço-te
Reflexo de manhãs claras doce acordar
De mim, de ti, nada, em mim penso-te!
 
Amor, jamais a imobilidade do corpos,
Manhãs, tardes, noites, - sei lá
Por onde me escorrem os beijos
Doces palavras arremessadas
Carinhosamente sopradas ao ouvido
- sabe tão bem assim acordar
No cantar dos pássaros, na pressa dos abraços
Nos braços que te ladeiam, despertam
Orvalho sob os pés delicados
Nas tabuas que um dia te carregam
- vivamos hoje, esquece um amanhã
(eu) poeta louco, viajante dos versos
Letra soltas esquecidas por ti
- As vezes a sala parece-me tão vazia
Mesmo assim tao cheia de ti
Das tuas amarguradas ideias
Espalhadas pelas paginas prensadas
Fechadas nos livros empilhados
Contra uma branca parede!
 
Quantas vezes me prendo no teu olhar
Mesmo que durmas, sossegadamente
Navegando mar dos sonhos, outro (a)mar
Amanhã desejado assim livremente!
 
O mundo, roda que roda
Pula, vive, acorda, avança
-os poetas tristes
Os que escrevem versos tristes
E outros raivosos em riste
Também amam, amaram
Mesmo assim abnegam de si
A felicidade que tiveram nas mãos!
Os amantes, (os que acordam despidos)
Ao que ainda vestidos, sorriem para a vida,
Esses que não escondem o riso nos versos
Que choram lagrimas concretas
E os que tomam decisões certas
Para esses o sol brilha em prados verdejantes
Mesmo que o sol se esconda
E lá fora não exista mais que palha seca!
Quantas vezes me prendo no teu olhar
Pra simplesmente não sair e não pensar
Que tudo seria diferente, se todos soubessem AMAR!

 

 
Alberto Cuddel
Enviado por Alberto Cuddel em 28/06/2016
Reeditado em 28/06/2016
Código do texto: T5681485
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