Mão dadas

Dão as mãos

Do coração em chamas,

A raiva acumula líquido verde

Musgos da lama.

Aquilo é o inferno, enfermo,

Traçando objetivos obscuros,

O amor é coisa de anjo,

Também deixa marcas

Da dor no corpo humano.

A raiva aniquila suas asas

Impedindo que possa voar,

As portas se fecham,

De repente um labirinto,

Roda, anda por horas

Sem achar a saída.

O anjo, o demônio

O céu e o inferno

Dentro do mesmo lugar

Suas pernas impedem de andar.

De mãos dadas

O bem e o mal,

Tanto um como o outro,

Fortalece no peito um touro,

Teimoso...

Lilian Meireles
Enviado por Lilian Meireles em 28/06/2016
Reeditado em 29/06/2016
Código do texto: T5680932
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