Das Camadas!

Cada cor, cada feitio, cada movimento,

Alhures, olhares & lamentos, feros cidades,

Antúrios sobrando na estrada, fiasco & fumaça,

Acendem & apagam tantas luzes no céu...

Por troca, por jeito, por lamento,

Figurantes desaparecidos do contexto,

Sobras ou expurgos, quebrada a vidraça,

O silêncio descerrado na forma de um véu...

Não há mágica, não há correria, não há tempo,

A gleba se encortiça na sombra do vento,

Águas tomando toda a terra postiça,

Odes deitadas, predicados do liceu...

Das deidades, das maldições, das cores, pavimento,

Atroz voragem, sempiterno ou vaidades,

Emborca tantos tintos na mesma taça,

Recomeços a espera de um novo apogeu...

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 17/07/2007
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