Concupiscência

Concupiscência

Desejo inerte à pele

É loucura traduzida

Inebriando os sentidos

Volúpia e perdição

Ambrosia dos dementes

O motivo para pecar

O prazer sem pudor

Contra as normas se rebele!

Percepções jamais vividas

Sabores até então desconhecidos

Abandone seu coração

E Deus aos seus tementes

Tome seu tempo a fornicar

Aqueça seu corpo em furor

Para que a verdade se revele

Entre pernas aquecidas

E corpos embevecidos

Encontrará a devassidão

Os falsos sorrisos contentes

Que em êxtase a suplicar

Mais um trado de licor

E a nudez de caráter se desvele

A voluptuosidade ressentida

Os concupiscentes reconhecidos

Todos entregues à lassidão

Com seus corpos dormentes

Ápice ao gozar

Aspiram tamanho ardor

No fim à moral se repele

A libertinagem aludida

Todos os pudores perdidos

Sob a falsa exultação

O ulular estridente

Recipientes vazios a vagar

Ungidos pela marca de sofredor

Eduardo Benetti

Eduardo Benetti
Enviado por Eduardo Benetti em 28/06/2016
Código do texto: T5680805
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.