Concupiscência
Concupiscência
Desejo inerte à pele
É loucura traduzida
Inebriando os sentidos
Volúpia e perdição
Ambrosia dos dementes
O motivo para pecar
O prazer sem pudor
Contra as normas se rebele!
Percepções jamais vividas
Sabores até então desconhecidos
Abandone seu coração
E Deus aos seus tementes
Tome seu tempo a fornicar
Aqueça seu corpo em furor
Para que a verdade se revele
Entre pernas aquecidas
E corpos embevecidos
Encontrará a devassidão
Os falsos sorrisos contentes
Que em êxtase a suplicar
Mais um trado de licor
E a nudez de caráter se desvele
A voluptuosidade ressentida
Os concupiscentes reconhecidos
Todos entregues à lassidão
Com seus corpos dormentes
Ápice ao gozar
Aspiram tamanho ardor
No fim à moral se repele
A libertinagem aludida
Todos os pudores perdidos
Sob a falsa exultação
O ulular estridente
Recipientes vazios a vagar
Ungidos pela marca de sofredor
Eduardo Benetti