GRANDE SAUDADE

Abri a janela. Deixei a saudade ir embora.

Olhei o sol majestoso e pedi a sua claridade

Ao dono do calor que preciso e muito agora,

Para fugir dessa horripilante e ruim saudade.

Saudade que me embala por dentro e por fora,

Joga-me no total abandono e me deixando assim

Nas portas do nada... no desacerto e na desforra

Dos dias tristes que a sorte guardou para mim!

Sou quase uma sombra treinando com a vida

Na esperança de um dia ser bem feliz e sorrir

Como fui antes do belo sol me fugir e a dívida

Do tempo querer fechar meu olhos e dormir...

Dormir eternamente, sozinha, sem ninguém

Para dar-me o contentamento da presença

Que todos moribundos, frios, sem coragem,

Almeja antes que o corpo a sepultura ele desça.

DIONÉA FRAGOSO

P.S.: Para o meu eterno amor com todo o meu humano carinho.

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 26/06/2016
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