é do teu cheiro
é do teu cheiro das fulôs dos alecrins do mato,
da juremas da caatinga,
dos calumbis do sertão
que eu me faço poemas
imundos dos meus silencios
é do teu cheiro
que emanam as cores
que componho as palavras
que escrevo nos meus desertos tortos,
tontos e incertos
nos lampeljos da minha alma
que no cio urra
com sede
de riso
e gozo