é do teu cheiro

é do teu cheiro das fulôs dos alecrins do mato,

da juremas da caatinga,

dos calumbis do sertão

que eu me faço poemas

imundos dos meus silencios

é do teu cheiro

que emanam as cores

que componho as palavras

que escrevo nos meus desertos tortos,

tontos e incertos

nos lampeljos da minha alma

que no cio urra

com sede

de riso

e gozo

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 26/06/2016
Reeditado em 17/05/2021
Código do texto: T5679385
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