ROSA... SOMENTE ROSA
Corriam boatos pelos cantos,
Nos mais distantes recantos
Da beleza de Rosa!
Apenas Rosa, sem Maria,
Tão simples e bela, somente sorria,
Se a chamavam de formosa!
Apenas Rosa!
Descoberta dos véus,
doce e serena,
Colhia flores, cravos, alfenas,
Enfeitando os cabelos cor de mel!
Onde vive esta bela morena?
Talvez seja um mito...
Uma história... apenas um dito
Como os contos de aldeias pequenas.
Dizem-na gema preciosa
Do visionário viandeiro
Ou dos versos do violeiro,
Exaltada em canções e prosa!
Talvez um conto de um viageiro...
Quem sabe nascida de um sonho,
Ou uma simples miragem
De um sonhador passageiro
Caminhando por aquelas paragens?
Mas ela existe!
Nos distantes recantos,
Os boatos, em todos os cantos,
Falam da morena formosa...
da beleza de Rosa...
Sem Maria! Apenas Rosa!
No ar da aldeia se sente
o perfume dela
que sutilmente rescende!
Naget Cury, Abril de 2010.
Publicada em 2015
reeditada em Junho de 2016