MINHA REDE

 

 

Na areia da praia,

com muito amor,

remenda a sua rede

o pobre pescador.

 

E ao seu destino,

eu comparo o meu:

cheia de melancolia,

vou remendando a minha vida,

sem nenhum amparo,

 encontrando cada dia,

       um pedacinho a mais precisando de reparo.

 

 

Porém eu não desisto.
E sempre insisto!

 

 

Plena de esperança,

vou também consertando

o que me resta ainda:

uma rede furada,

mas que me trará certamente

com grande alento

um enorme sustento

nesta doce jornada

que eu sinto ser

   pelos céus abençoada!


                                      (Poema livre)

 

 

Alda Corrêa Mendes Moreira
Enviado por Alda Corrêa Mendes Moreira em 16/07/2007
Reeditado em 06/12/2008
Código do texto: T567758