CLAREZA

Que eu alcance

A clareza do orvalho

Nas folhas pela manhã.

Uma vez que, o orvalho

É sumo extraído da densa noite,

Extrato sutil do puro breu.

Quero clareza de ideais

De conduta, do eu intrínseco,

Anseio sonhos místicos e límpidos.

Quero a transparência febril da inocência

E abandonar de vez essa brenha crua,

Turva e fadada ao escurecimento sólido.