Correspondência sentimental

O verso que vou escrever é uma dor,

Mas não uma dor que me derruba,

Mas o sofrimento de ser chamado por

Um lugar do intelecto alheio que ensina,

Mas ali não sou aceito, sou julgado,

Perseguido, também não acredito

No amor dos outros cujo amado

Sentimento tem forma e cor, nisto

Eu tenho razão, e meu gosto estético

Não diz respeito a ninguém, se uma feia

Amo, não sou obrigado a idealizá-la,

Busco o belo em palavras, sou ético,

Mas não aceito o julgamento da veia

Aberta para qualquer um, um futuro via,

Mas agora vejo apenas uma luta ingênua,

Sem nenhum sentido, então vou passar

A compreender o amor humano: A sua

Apaixonada colega era ruiva, vá lutar

Pela sua escrita, mas onde estava o amor?

Estava num respeito de alguém que via

O coração, e não queria que ela se tornasse dor

Da realidade que nego e sempre neguei, se lia,

Agora vejo a fantasia como algo incomum,

Porém comum e costumo pensar na ideia

De amar uma mulher que seja um

Sentimento além das aparências, seja

Uma fada ou um anjo, serafim, ou ninfa,

Mas saiba que eu a achava uma louca linda...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 22/06/2016
Código do texto: T5675222
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