Viagem interior

Ouço o porvir

Falo o impossível

Manifesto meu destempero

Tenho sob os pés a terra batida e castigada

Nas ancas das mulheres o peso maior

No braço musculoso o trabalho marcado

Não se mede a insanidade

Nem o argumento forte

Viajo pelo horizonte vislumbrando a alma

Recebo tudo que preciso sem cobrança

Sem nenhum troco sequer

O pão me sacia

Ao meu redor tantos me olham assustados

No meu lugar somente o encontro esperado.