Prisioneiro da Magia.
Há um sonho que me vem.
De tempo em tempo.
De que já estivemos juntos.
Naquela longa e tenebrosa estrada.
A onde ainda posso ouvir uma canção.
Que me faz retornar no tempo.
A onde a uma dor que corta o coração.
Lembranças de um passado longínquo.
Em uma terra selvagem.
Entre o silêncio das pedras.
Transitávamos caminhos estranhos.
Entre a luz do luar.
E as sombra da noite.
Quando fomos acorrentados.
Como feras.
No portal das águas.
Por causa do nosso amor proibido.
E ali sobre um altar de pedras.
Fizeram o ritual do fogo.
Abriram o livro macabro.
Que continha rituais e feitiços antigos.
E palavras mágicas.
Foram recitadas em voz alta.
Entre raios e trovões.
Fez se um encanto.
Invocando o deus da morte.
Separando assim nossas almas.
De nossos corpos.
Que foram possuídas.
Por um lobo e uma águia.
Nos tornando prisioneiro do tempo.
Onde só nos encontraremos.
No eclipse total.
Dedicado a Ciganinha
Direitos Reservados ao Autor
Valentim Eccel