VERSOS OPORTUNOS (VI POLIPOEMA)
POLIPOEMA VI
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~ VERSOS OPORTUNOS ~
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A verdade maquilhada mutila a paz,
Mutila a tal igualdade almejada,
Igualmente, há uma justiça fraudada,
Ou sera ainda uma democracia
desfraldada,
Dum Estado em mau estado de espírito?
(Norek Red)
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Não há nada que me desabotoa
Senão o ulular dos versos mórbidos,
Senão o ulular dos versos não
premeditados
Sangrando neste tempo de guerras
subsequentes,
Nesta terra de sangue e balas
Nenhum verso curador cura-me a dor
vigente.
(Jeconias Mucumbe)
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Porém, como a dor repentina,
Chegam-se-me como gatunos,
Roubam-me o silêncio em relação a
mudança
Da não divina "errança" por existirmos
Num mundo onde o varão
Sai mulher em algumas horas de
circucisão.
(Mauro José da Silva)
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E eu via o rebanho de homens se deixar
arrastar
Pelos ventos que ancoravam um pasto
espinhoso,
E quando o pastor tentava o desviar,
Este corria tão tendencioso para o mal:
- aspirando ao proibido!
(Daúde Amade)
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É casta do mesmo orgasmo!
Ou seria a casta manipulada a ser o
mesmo
ambiente de pobre percepção do dogma,
Da ideia mais inacabada da matéria
Que define o ente pela incerteza da
época?
( Dálvio Nhampule )
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Deixai-os que são das impurezas da
epóca
Que tenho a oportunidade em cada verso
De expor o lado controverso,
Que fez desse país um grande cemitério
De injustiças sepultadas nas gavetas da
procuradoria
Que prendem o povo no conformismo da
deseperança.
(Euclides da Flora)
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Ah! São...
São gatunos sem escrúpulos e egoístas.
São os que hipotecam sem penúria a
nossa pátria
Mentes aculturadas sem nenhuma
moralidade
E nascidos da própria desonestidade.
São eles os próprios demónios vivos de
África.
(Nayma Vilakaze)
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Contudo, aos poetas ainda sopra a
esperança,
Por isso tragam-se-nos canetas e
pedacinhos de papel
Que se nos encarregamos de colorir o
mundo
Pintando almas, corações e olhares.
Os sentimentos pardos e um sorriso
desnudo bastam-nos
para a filantropia semear uma nova fé,
novos divagares.
(Marllon)
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Assossiação Fénix
In (Cinzas Concisas/2016)
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