Verso Calado
Esse verso que escrevo
Não fala de mim, nem de ti
Nada fala de nós
Atemporal
Não vem antes, nem após
Esse verso que componho
Não traduz a sofreguidão da paixão
Nem expressa a doçura do amor
Tampouco fala do dissabor
Esse verso não fala da sensualidade
da noite e de nostalgia
Deixa de lado a luta aguerrida do ser
Não traz tristeza e nem fala de alegria
Esse verso não fala
A nada se refere
Mergulho no vácuo
E nessa ausência
Ouço ecos dos pensamentos
Que encontram resistências
Em antigos sentimentos
Um verso insólito
Verso sem dilema
Um verso sem propósito
Verso sem poema
Esse verso que escrevo
Não fala de mim, nem de ti
Nada fala de nós
Atemporal
Não vem antes, nem após
Esse verso que componho
Não traduz a sofreguidão da paixão
Nem expressa a doçura do amor
Tampouco fala do dissabor
Esse verso não fala da sensualidade
da noite e de nostalgia
Deixa de lado a luta aguerrida do ser
Não traz tristeza e nem fala de alegria
Esse verso não fala
A nada se refere
Mergulho no vácuo
E nessa ausência
Ouço ecos dos pensamentos
Que encontram resistências
Em antigos sentimentos
Um verso insólito
Verso sem dilema
Um verso sem propósito
Verso sem poema