E Pedro então...

E Pedro, então, ergueu-se.

Levantou-se da plataforma em ruínas em que estivera sentado por tanto tempo.

E Pedro, então, partiu e pariu-se.

Voltou-se ao seu interior, à sua essência ainda intacta, apesar dos rigores com que a maltratara, negando-a.

E Pedro, então, sentiu.

Sentiu que o mundo tratava-o de acordo com o reflexo que emitia de suas angústias.

Olhou-se no espelho e não se viu.

Apalpou-se e não se sentiu.

A velha carapaça já não lhe servia.

Despido de seu egoísmo e de seu medo, sorriu.