Horizonte
Prosa
Numa busca cega vai à alma numa viagem
Incansável! ...Consciente sofre
sem direito de alcançar a sua realização,
Percorre os caminhos debaixo de chuva
seja dia ou seja noites sem luar,
com nada se importa senão seguir sua ilusão.
Dribla sem descanso as primeiras ondas,
Segue pelas águas ou pelo céu,
Em terra firme, fixa o olhar ao longe.
Com a iminência do novo queima-se sob o sol,
O coração sabe onde deseja chegar.
Sonhando volta e vai inquieta, essa alma
através desse amor, insistente inspiração.
Faz dessa saudade, incessante fonte,
Bebe de suas águas antes que elas sequem,
Não matando a sua sede, vai,
Vai, vai sempre beijando o azul do mar
Na esperança de trazer alegria ao seu coração,
De repente, anima-se do outro lado da ponte.
E aquieta-se nessa outra alma que tanto deseja
num aconchego, dentro da antiga sedução
mais uma vez, ao ouvir o embalo das ondas,
Sonha embalar-se com o amado na sua rede,
para nela fazerem morada.
Eis a sua maneira de atingir o horizonte,
Peregrina vai, sempre percorrendo as suas estradas.
- Liduina do Nascimento
.
Incansável! ...Consciente sofre
sem direito de alcançar a sua realização,
Percorre os caminhos debaixo de chuva
seja dia ou seja noites sem luar,
com nada se importa senão seguir sua ilusão.
Dribla sem descanso as primeiras ondas,
Segue pelas águas ou pelo céu,
Em terra firme, fixa o olhar ao longe.
Com a iminência do novo queima-se sob o sol,
O coração sabe onde deseja chegar.
Sonhando volta e vai inquieta, essa alma
através desse amor, insistente inspiração.
Faz dessa saudade, incessante fonte,
Bebe de suas águas antes que elas sequem,
Não matando a sua sede, vai,
Vai, vai sempre beijando o azul do mar
Na esperança de trazer alegria ao seu coração,
De repente, anima-se do outro lado da ponte.
E aquieta-se nessa outra alma que tanto deseja
num aconchego, dentro da antiga sedução
mais uma vez, ao ouvir o embalo das ondas,
Sonha embalar-se com o amado na sua rede,
para nela fazerem morada.
Eis a sua maneira de atingir o horizonte,
Peregrina vai, sempre percorrendo as suas estradas.
- Liduina do Nascimento
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