FAÇA-ME O FAVOR



Nem cabe a mim mostrar
Que chave cabe aqui,
Reabrir questões cerradas sob
Cadeados novos
 
E nem que peça cabe
A cada espaço que aí está,
Sem cura e sem chancela.
 
Quem sabe a dica seja
Estar à parte –
Eu não diria à margem –
A parte que me cabe,
A linha que se amputa
Em verso em senso estrito
 
Espírito, eco
Inútil vindo a ter sentido
A cada nova peça.
 
Descarte o ‘penso logo existo’
E não me peça
As provas, fios, chaves, que
Não cabe mais a mim
Mostrar, quais notas de suicida,
Que nave singra ali
No em torno dessa queixa
 
Em todo caso tão avessa a mim.
                                                       
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Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 19/06/2016
Código do texto: T5671961
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