FANTASIA
FANTASIA
Imagino-me sonho
Num chão verde
Ao alto azul
Pedras arredondadas
Por anos banhadas
Sustentam a caminhada
A caminho paradisíaco
Sem traumas tombos ou medos
Não há arremedos
Tampouco pesadelos
Apenas quimeras
Doces primaveras
Cercadas de flor e aroma também doce
Sem algum espinho
Deitado no ninho
Distante de intempéries
Feliz em longas séries
De fatos e papos
Com arcanjos amigos
Síndicos de paraíso
Que em utopia mui insana
Em corpore pouco sana
Afasta fantasmas de além
Infernos também
E nascido por aqui
Essa visão na saída
Será logo ali
Na dobrada do tempo
Cada vez mais curto
Onde há brisa e não vento
Afastando desatento desalento
Onde brilham sóis e luas
Astros etéreos e eternos
Que em sua homenagem
Chegarei em terno
Para com pompa e circunstância
Apropriar-me da última instância