CASTELO



 
 
Ergue seu castelo como quem buscasse o céu,
Carta a carta a quem bastasse o belo corte, seu perfil.
Por fundo a tarde sem moldura, bordas no infinito
 
Quem lhe dera um Rei de Copas bonachão
Ou talvez um Seis de Paus sem mais falsa modéstia,
Todo louros, todo prosa.
 
Sorte que lhe trai no corte, um céu que não o limite
Posa para o artista que não dosa – claro – o escuro,
Morte em cada arcano desse naipe insano.
 
Seu castelo alcança espessas nuvens
'Deus me livre da Dama de Espadas!',
Más notícias nos degraus das decepções que
Sobem, sobem, sobem as escadas.
 
Quem quer ser profundo a essa altura?
 
Ergue as torres do domínio breve, se profundo.
Quem se atreve a condenar seu mundo?


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Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 19/06/2016
Reeditado em 19/06/2016
Código do texto: T5671627
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