DIZ AMOR
Diz amor pesando os passos
Sobre a prancha.
Marcha sem pensar nos brancos
Dentes rindo e vindo,
Mar por cúmplice
Entre tantos fados mente.
Paz surpresa aos trancos, marcha
Sem tesouro sob bandeira alheia.
Diz ser nobre – digno! – amar no modo
Culpa sem que o dente
Branco da mandíbula do mar
Venha a ser tropeço ou
Pague o preço de estar só.
Diz amar somente e pronto,
Não receia
Ser a ceia da sereia que, se encanta
Tanta gente, não deve ser má nem muito feia –
Deve ser mal atendida, oh, vida!
De barões assim narrados nada sabe.
Tubarões de dentes brancos!
Fim de prancha!
Diz a lenda que saltou feliz.
.
Diz amor pesando os passos
Sobre a prancha.
Marcha sem pensar nos brancos
Dentes rindo e vindo,
Mar por cúmplice
Entre tantos fados mente.
Paz surpresa aos trancos, marcha
Sem tesouro sob bandeira alheia.
Diz ser nobre – digno! – amar no modo
Culpa sem que o dente
Branco da mandíbula do mar
Venha a ser tropeço ou
Pague o preço de estar só.
Diz amar somente e pronto,
Não receia
Ser a ceia da sereia que, se encanta
Tanta gente, não deve ser má nem muito feia –
Deve ser mal atendida, oh, vida!
De barões assim narrados nada sabe.
Tubarões de dentes brancos!
Fim de prancha!
Diz a lenda que saltou feliz.
.