Elas
Ela que veio
Com seu olhar pueril
Que via em mim
Uma postura varonil
E depois outra
Com ar de reprovação
Seus olhos verdes frios
Me deixaram no chão
E depois veio ela
Buscando em mim
Um carinho puro
E ela se foi
No fim de um telefonema mudo
E mais uma apareceu
O brilho da adolescência
Em seu apogeu
Queria a razão em suas mãos
Pena que, na época
Pouco aprendeu
E na próxima
Achei que ia parar
Mas ainda vieram
Os olhos e sorrisos rasgados
A cabeça perdida em caminhos cruzados
As pernas, que em
Caminhos tortuosos me levaram
A meiga pureza
De uma jovem senhora
Mais o tato magnífico
De uma velha garota
Além de um discreto
Sorriso poético
Que me cativou
Algumas se foram
Outras
Me fui delas
Outras virão e irão
E até ja me irei por isso
Mas de nada serve
Pensar nisso
É tudo em vão
E elas sempre se vão.