O TEMPO LEVOU
Sou eu mesma essa que vejo,
ali, refletida no espelho,
ou será uma miragem
surgida, talvez, de outras eras
com seus olhos abstratos
quase cegos, sem presença,
a salvo de todas as perguntas
agasalhada em silêncios?
A luz ilumina meu rosto,
traça formas desconexas.
Eu me olho e desconheço
de que matéria sou feita.
Perdi-me, sim, de mim mesma
nos limites, sem limites,
que o tempo cruel me roubou.
. . .
TEMPOS IDOS
Saudades que voltam como redemoinhos,
Vindas de tempos idos que são preciosos.
Elas nem percebem, que já somos idosos,
E a memória apaga a marca dos espinhos.
Envolvem-nos no sonho que a juventude,
Deu-nos tanta força, pra chegarmos aqui.
Renascem com o Sol ajudando-nos sorrir,
Revivendo lembranças da nossa plenitude.
Agradeço por tê-las em sonhos repetidos,
Matando desilusões e promovendo querer,
Que regendo meus passos ajudam a viver.
Dos tempos reciclados um poeta atrevido,
Garimpa os diamantes que o faz escrever,
Eternizando em versos o melhor do saber...
Saudades que voltam como redemoinhos,
Vindas de tempos idos que são preciosos.
Elas nem percebem, que já somos idosos,
E a memória apaga a marca dos espinhos.
Envolvem-nos no sonho que a juventude,
Deu-nos tanta força, pra chegarmos aqui.
Renascem com o Sol ajudando-nos sorrir,
Revivendo lembranças da nossa plenitude.
Agradeço por tê-las em sonhos repetidos,
Matando desilusões e promovendo querer,
Que regendo meus passos ajudam a viver.
Dos tempos reciclados um poeta atrevido,
Garimpa os diamantes que o faz escrever,
Eternizando em versos o melhor do saber...