Desejo: O Nada

Possa eu abandonar-me aos ignóbeis

Pensamentos dilacerantes

Tao humanamente possantes

Másculos e viris, pensamento de nada,

Penso que em nada quero pensar,

Que me desejo abandonar, no nada,

Nesse pensamento tão procurado,

Nem mesmo na morte do pensamento,

(paro e penso, nada há a pensar)

Mas se penso em nada será que ainda

Penso que estou a pensar?

Penso, talvez não pense,

Mas desejo…

Que os pensamentos me abandonem a alma,

Para poder (por fim) descansar!

Sirio de Andrade
Enviado por Sirio de Andrade em 16/06/2016
Código do texto: T5668774
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