Doce Gatinho

Vem cá,
vem gatinho matreiro!
Para de me olhar assim,
e vem jazer aqui no meu regaço.
Guarda essas garras afiadas,
e deixa-me mergulhar nesses caminhos
aos quais teu belo olhar de ônix,
me conduz!
Permita que meus dedos te cubram
de carícias,
e afaguem esses seus medos
imprevistos,
tão versado em tua íris.
Deixa que eu roçague meus dedos
no teu dócil torso,
e ensarte minhas garras
na tua cabeça de brancura nívea.
Vem, vem, amável felino.
Deixe-me senti-lo mais de perto!
Se apeie,
saia dessa cesta que o aprisiona,e vem.
Sem deixar rastros.
Vem sentir minhas mãos já embriagadas
pelas delícias que irei te permitir,
se deixares que eu afague o teu elétrico lombo,
e te cubra das cabeças aos pés
de um amor profundo, e arteiro.
E, se tudo isso não te bastar,gatinho,
serei , impecável.

Vem, gatinho,vem sem medo.
Esfacele-se em mim
e te prometo,
não haverá escolhos.
Te farei dormir da maneira mais airosa do mundo.
Colocarei as mais belas canções clássicas
para escutares.
Sem ruídos.
Sem miados.
Eugênia Morais
Enviado por Eugênia Morais em 15/06/2016
Reeditado em 15/06/2016
Código do texto: T5668578
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.