QUANDO EU DISSER
Quando eu disser que a vizinhança é hostil
Antecipando as prédicas do sino
Herdado, quando eu não puder mentir
Sobre distância e ausência e despedidas
Nos logradouros de estar só no fim
Quando os olhares forem veredictos
Pousando em nossas grades e cortinas
E a noite for só um comentário ao dia,
Ah, quando o mesmo atalho que se evita
Tragar os passos nessa tarde fria
Quando eu, irremediavelmente cínico,
Levar aos lábios cálice do vinho
De corrompidas safras, sem requinte,
Afetações não mais, quando sorrir
À insinuação da sombra descabida
Confina o que restou desse que ergui
De círculos, pentáculos, magia,
Na torre de esquecer, por desvalido
E sem resgate, atira o que perdi
À escuridão, devir sem mais missivas.
.
Quando eu disser que a vizinhança é hostil
Antecipando as prédicas do sino
Herdado, quando eu não puder mentir
Sobre distância e ausência e despedidas
Nos logradouros de estar só no fim
Quando os olhares forem veredictos
Pousando em nossas grades e cortinas
E a noite for só um comentário ao dia,
Ah, quando o mesmo atalho que se evita
Tragar os passos nessa tarde fria
Quando eu, irremediavelmente cínico,
Levar aos lábios cálice do vinho
De corrompidas safras, sem requinte,
Afetações não mais, quando sorrir
À insinuação da sombra descabida
Confina o que restou desse que ergui
De círculos, pentáculos, magia,
Na torre de esquecer, por desvalido
E sem resgate, atira o que perdi
À escuridão, devir sem mais missivas.
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