Alma Cinzenta

Alma Cinzenta

Nostálgica dor que atenta

Nestes dias cinzas e carregados

Turva meus olhos marejados

A procura da luz que alenta

Enquanto o dia de tormenta

Aqui garrafas e odres embriagado

Tomo por gesto desesperado

Tal alma virulenta

Pois a tempestade se assenta

Os relâmpagos de Zeus disparados

Meu peito abre dilacerado

Nesta dor tão violenta

E por esses dedos se apresenta

A figura do moribundo descarnado

Que em trevas jaz abrigado

Donde a esperança se ausenta

Eduardo Benetti

Eduardo Benetti
Enviado por Eduardo Benetti em 15/06/2016
Código do texto: T5667748
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